Quando a temperatura começa a diminuir, é comum atacar a geladeira e desregular a alimentação. Afinal, quem não gosta de comer um brigadeiro de colher assistindo filmes e séries em um friozinho com chuva? “Para se manter aquecido no frio, o organismo gasta mais energia, então o metabolismo tende a ficar mais acelerado e a alimentação é fundamental para repor essas calorias dispendidas.
Os excessos são muito perigosos, principalmente com o consumo demasiado de açúcar, alimentos industrializados, gorduras trans e sódio, muito comuns em alimentos que temos mais prazer de comer nessa época”, explica a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia. “O problema é que muitos desses alimentos que ingerimos mais no inverno podem acelerar o processo de envelhecimento cutâneo”, explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e professora-fundadora do Dermacademy MB. Abaixo, a dermatologista cita os grandes vilões:
Doces – O grande desejo durante o inverno, para compensar essa perda calórica mais natural, é o consumo de doces e massas, ou seja, alimentos hiperpalatáveis. “Um alimento hiperpalatável é aquele que o resultado dos componentes, como gordura, sódio, açúcar e carboidratos o torna mais saboroso. Exemplos são chocolates, salgadinhos de pacote e biscoitos”, afirma a Dra. Marcella Garcez.
Apesar de importante para conferir energia ao corpo, o carboidrato (ou açúcar) em excesso pode interagir com as proteínas e gorduras para causar os AGEs (Agentes avançados de glicação) que alteram as estruturas e funções do colágeno e elastina, causando desordens na pele, com aparecimento de rugas, flacidez e manchas.
O problema é que os doces são justamente muito ricos em açúcar. “A glicose em excesso pode causar desregulação dos genes pró-longevidade e aumentar a concentração de AGEs”, afirma a Dra Claudia Marçal. Para controlar e combater o problema, além da diminuição do consumo de açúcar, podem ser necessário suplementos ‘antiglicantes’, como Glycoxil.
Refeições rápidas de micro-ondas – Para quem tem preguiça de cozinhar no frio, os alimentos rápidos e ultraprocessados, esquentados no micro-ondas, podem ser um perigo. “Além de vários aditivos químicos, há alta concentração de sódio e carboidratos nesses produtos.
Com o alto consumo de sal, o corpo retém mais líquido e a pele sofre com isso, ficando desidratada e muitas vezes com sinais de inchaço e cansaço”, afirma a dermatologista. O sal em excesso prejudica ainda a circulação de sangue, o que tem influência direta na nutrição da pele.
Carne vermelha – Um bom ensopado de carne é capaz de nos deixar saciados por horas, mas a junção de carne vermelha com batata, molhos e sal em excesso podem cair como uma ‘bomba’ no nosso organismo, acabando por limitar a ação antioxidante.
A carne vermelha, rica em gordura saturada, aumenta o colesterol ruim e pode inibir a atividade da SIRT1 (proteína que estimula à longevidade celular) levando a uma vida útil celular reduzida. Isso tem relação direta com o processo de envelhecimento.
Frituras – Se a batata frita, um pastel quentinho e outros tipos de frituras como salgadinhos estão no seu cardápio de inverno, você precisa dar um tempo nisso. “O óleo utilizado em altas temperaturas se torna uma gordura saturada, diminuindo a vida celular, além de adicionar muito sal à alimentação”, afirma a Dra. Claudia.
Queijos “amarelos” – Além do alto teor de gordura, os queijos prato, coalho, emental, brie, cheddar, mussarela, parmesão, entre outros, como são derivados de leite podem aumentar a expressão do hormônio IGF-1, que tem relação com a produção exacerbada de sebo e acne. “Se não tratada adequadamente, a acne pode deixar manchas e cicatrizes que deixam a pele com aspecto envelhecido”, afirma a Dra. Claudia.
Cardápio do bem
Afinal, o que comer? Primeiro de tudo, é necessário saber que a variedade e o equilíbrio dos alimentos são os fatores mais importantes para uma boa nutrição do organismo: “Ter uma dieta alimentar diversificada ajuda a manter os nutrientes ideais para o corpo.
Quanto maior a variedade de cores, maior a quantidade de nutrientes, favorecendo a manutenção da saúde e prevenção de doenças”, diz a Dra Marcella. Então você pode incluir na sua dieta: folhas verde escuras (espinafre, brócolis, alface, agrião, couve), que são fontes de fibras, betacaroteno, ferro, ácido fólico, vitamina K e clorofila; alimentos alaranjados (mamão, caju, damasco, caqui) que são fontes de betacaroteno (pré-vitamina A), vitamina A e vitamina C; alimentos vermelhos (morango, tomate, cereja, melancia, goiaba) que contam com licopeno, antocianinas e vitamina C; os roxos (uva roxa, ameixa, mirtilo, jabuticaba, açaí, berinjela) que trazem antocianina e resveratrol; e os marrons (nozes, castanhas, cevada, centeio, leguminosas como grão de bico, feijão, lentilha, soja, cereais integrais) que são fontes de selênio, vitamina E e vitaminas do complexo B.
“Além disso, podemos prescrever suplementos com vitaminas e minerais com ação antioxidante e anti-inflamatória, como Bio-Arct e FC Oral, para atuar de maneira endógena contra os agressores ambientais que levam ao envelhecimento. Também podemos oferecer à pele vários nutrientes essenciais por meio de suplementos como In.Cell, que garantem maior estímulo ao colágeno, além de nutrição e hidratação da pele”, finaliza a dermatologista.
Fonte: assessoria de imprensa