Congelamento é importante para conservação e redução de desperdício de ingredientes e refeições prontas

O congelamento de alimentos é uma forma bastante interessante para conservação e redução de desperdício de ingredientes e refeições já prontas. Mas na hora de descongelar surgem as dúvidas: devo usar água corrente? Coloco o alimento em temperatura ambiente? Posso congelar novamente o que eu não for usar? A respostas para essas perguntas é não, de acordo com nutricionistas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que atuam na Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro).

Segundo Sizele Rodrigues, o descongelamento é o processo que faz o alimento congelado retornar à sua condição natural. A nutricionista da Codeagro explica que o procedimento nunca deve ser feito em temperatura ambiente ou com a utilização de água corrente. “Destas formas, os riscos de contaminação por microrganismos são aumentados significativamente. Além disso, ao descongelar algum produto embaixo da torneira, ocorre grande desperdício de água”, explica.

A dica da nutricionista é manter os alimentos congelados na geladeira de um dia para o outro ou utilizar o forno micro-ondas. “É importante lembrar que produtos já descongelados não devem ser congelados novamente”, afirma.

Dicas para congelar alimentos

Segundo as nutricionistas da Codeagro e da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, temperaturas abaixo de -18ºC inibem total ou parcialmente a deterioração dos alimentos, permitindo que muitas características sejam mantidas próximas ao natural. Mas para conservar de forma correta os ingredientes ou refeições prontas, é necessário seguir algumas dicas:

– O congelamento não é recomendado para todos os alimentos. Legumes e verduras usadas em saladas cruas, frutas para consumir ao natural, macarrão sem molho, gelatinas puras, cremes com amido de milho e queijos com maior quantidade de água (ricota e queijo minas) não devem ser congelados, pois perdem suas características naturais.

– Observe o prazo de validade, faça a higienização correta de frutas, verduras e legumes para evitar perdas nutricionais e sensoriais, como textura, consistência, sabor e aroma.

– Reduza sal e temperos nas preparações, pois estes ficam acentuados após o congelamento.

– Ovos, por exemplo, não devem ser congelados dentro das cascas ou já cozidos, por perderem a textura. Porém, é possível congelá-los inteiros fora das cascas. Por apresentarem grumos gelatinosos o melhor é congelar claras e gemas separadas, acrescentando-se às gemas um pouco de sal ou açúcar.

– As carnes cruas não devem ser congeladas temperadas, pois podem escurecer e ter seu sabor alterado, à exceção de hambúrgueres caseiros, almôndegas e alimentos já prontos.

– Congele a carne crua em peças pequenas, cubos, tiras, moída e em bifes de forma individual, separados por filme plástico. Isso ajudará na preparação e evitará o desperdício, já que carnes cruas não podem ser recongeladas.

– Congele peixes limpos e sem vísceras. A embalagem deve ser dupla para não passar cheiro ao freezer. No caso de peixes e frutos do mar, recomenda-se não descongelar totalmente e iniciar o preparo quando ainda estão gelados.

– Use embalagens resistentes às baixas temperaturas que não rasguem facilmente e que são impermeáveis. Plásticos rígidos e filmes plásticos são recomendados.

– Evite usar embalagens de isopor e porosa, como papel e papelão.

– Retire o ar das embalagens para evitar a formação de cristais de gelo, que podem causar alterações nas características naturais do alimento durante o processo de congelamento.

– Embale os alimentos em pequenas porções para serem consumidas, evitando o desperdício.

– Verifique se há espaço de aproximadamente 2 cm entre o alimento e a borda do recipiente, já que os líquidos se expandem ao congelar.

– Utilize etiquetas com o nome do alimento/preparação, quantidade, data de congelamento e de validade.

 

Fonte: assessoria de imprensa