No dia 20 de março foi comemorado o Dia Mundial Sem Carne. A favor da data, a coordenadora do curso de Nutrição da Cruzeiro do Sul Virtual, professora Ma. Fernanda Galante, destaca algumas alternativas de proteínas na alimentação que contém a mesma quantidade de vitaminas que a de origem animal. Assim como explica também quais são os seus benefícios para a saúde.
“Hoje em dia não temos apenas uma fonte proteica de alimentação, são muitas as opções. Podemos dizer que a grande maioria das pessoas poderiam viver bem sem consumir carne. Nesse sentido, ainda mostramos a nossa responsabilidade pessoal e social, tanto com a nossa própria saúde, e social, quanto em termos ligados ao meio ambiente, haja vista que a forma de criação, alimentação e medicação dos animais, principalmente quando pensamos nas aves, é ainda feita de modo muito questionável”, ressalta Ma. Fernanda Galante.
A especialista aponta ainda para uma questão de hábito e cultura social, bastante forte em relação ao consumo em redes de fast-food, que dispõe prioritariamente de proteína animal em seus lanches, como nos hambúrgueres. Fernanda argumenta que isso é ainda mais agravado, em grande parte, por um estilo de vida em que a alimentação não é tratada como prioridade, e são feitas de modo rápido.
“Os fast-foods, além de não fornecer nutrientes necessários para o corpo, possuem gorduras saturadas e muitos aditivos alimentares. Não podemos deixar de falar das pessoas que seguem dietas da moda, que costumam ser restritivas e não nutritivas. Assim, contando com a ajuda de um Nutricionista, é possível adequar-se a novos hábitos e redução desse tipo de consumo da carne animal”, destaca.
Alternativas e novos hábitos
Para quem quer iniciar o processo de uma vida sem carne, Fernanda orienta que é aconselhável seguir um processo gradual, retirando aos poucos das refeições e sem deixar de considerar outras fontes de minerais e vitaminas.
Para a especialista, o ovo é o grande coringa na transição, além da proteína de soja, de ervilha ou a chamada “nova carne”, de origem vegetal, e também produtos que podem fornecer um aporte proteico suficiente. Segundo ela, a busca pela alimentação a base de produtos orgânicos e naturais, é ainda um fator de favorecimento da juventude do corpo e contra o desenvolvimento de patologias.
“Essa transição precisa ter o acompanhamento de um nutricionista, para uma plena adequação de calorias e fontes de macro e micronutrientes, fazer exames periódicos e realizar a suplementação quando necessário, principalmente, de ferro e vitamina B12, das quais a falta pode resultar em problemas, sobretudo anemia”, reforça.
Quanto à necessidade de reposição de suplementos, a professora destaca que irá depender do estilo e da fase de vida. “Por exemplo, uma mulher na fase de gestação e amamentação, um atleta ou uma criança podem precisar de maior aporte nutricional. O alerta está na substituição da carne por um maior consumo de carboidratos, por desconhecimento ou não acompanhamento profissional, e, consequentemente, acarretarem aumento de peso e comorbidades associadas”, conclui.
Fonte: assessoria de imprensa