Cardiologista explica quando o colesterol se torna um problema

Encontrado exclusivamente em alimentos de origem animal, o colesterol é um tipo de gordura presente em nosso organismo. É matéria-prima dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D. Além disso, é  parte integrante da estrutura das membranas celulares e atua na fluidez destas membranas e na ativação de enzimas intracelulares. No entanto, ter níveis de colesterol altos no sangue nem sempre é positivo, podendo até causar um aumento do risco de problemas cardiovasculares, como infarto ou AVC.

“A atividade física regular é fundamental para o controle adequado dos níveis de colesterol”, afirma Dr. Fernando Barreto, cardiologista e diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde. Isso porque, conforme explica o especialista, existe o HDL e o LDL: “Ambos são lipoproteínas carregadoras de colesterol e existem para permitir que o colesterol se desloque através do nosso plasma sanguíneo, pois são hidrossolúveis”, mas com relevante diferença:

  • HDL (lipoproteínas de alta densidade): conhecido como ‘colesterol bom’, carrega o excesso de colesterol do sangue em direção ao fígado para ser metabolizado;

  • LDL (lipoproteínas de baixa densidade): é o ‘colesterol ruim’; leva o excesso de colesterol para ser depositado nas paredes dos vasos sanguíneos, o que poderá causar a obstrução destes vasos e outros problemas sérios, como o infarto agudo do miocárdio.

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Desse modo, complementa Dr. Barreto, “é conhecida a relação entre obesidade e sobrepeso ao aumento de colesterol ruim e risco de doenças cardiovasculares. A melhor atividade física indicada é aquela que dá o maior prazer ao praticá-la, nem que seja por poucos minutos e poucos dias. Uma simples caminhada, por 1 hora, 3 vezes por semana, já terá efeito cardioprotetor considerável”.

Seletividade

É preciso atenção para se precaver dos males causados por uma má alimentação. A gordura saturada e a gordura trans presentes em embutidos, bebidas alcoólicas, alguns alimentos industrializados e/ou contendo açúcares, aumentam o colesterol ruim. Por outro lado, “as gorduras vegetais, como o azeite extravirgem, frutas, verduras, leguminosas e cereais ajudam no controle do colesterol. Alimentos com fibras auxiliam também no controle do colesterol ruim, pois permitem captar o colesterol e eliminar uma parte dele nas fezes”, recomenda o médico.

Além do controle de peso, a dica final do cardiologista é cessar o tabagismo, consumir álcool apenas socialmente e controlar o stress. “Além de dieta saudável e atividade física, é fundamental ter atividades de lazer e convívio com familiares e amigos”, finaliza Dr. Fernando Barreto.

Fonte: assessoria de imprensa