Os consumidores dos ovos de Páscoa vão notar que alguns fabricantes já aplicaram as novas regras estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2022 para rotulagem nutricional na parte da frente dos produtos, com o uso de uma lupa para chamar a atenção quanto ao conteúdo de alguns ingredientes. O objetivo é promover o consumo consciente e favorecer melhores escolhas com base nas informações da rotulagem.
Considerada a maior inovação das novas regras, em vigor desde outubro de 2022, a rotulagem nutricional frontal é um símbolo informativo que deve constar no painel da frente da embalagem, na parte superior, por ser uma área facilmente capturada pelo olhar. A ideia é informar ao consumidor, de forma clara e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde.
“As empresas devem se adequar às normas da Anvisa. Nessa rotulagem é preciso ter, de forma simples e clara, a denominação do produto, a lista de ingredientes, a identificação da origem e as instruções de conservação e uso, além do prazo de validade. Também é preciso declarar a presença de substâncias alergênicas, a advertência de lactose e a utilização de nova fórmula, entre outros”, explica Jhonathan Andrade, professor de Nutrição no UniCuritiba, instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores instituições de ensino superior privado do país.
Direito do consumidor
Além das normas de rotulagem nutricional, os fabricantes de alimentos, incluindo ovos de Páscoa, devem observar as regras estabelecidas na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 727/2022, que dispõe sobre a rotulagem dos alimentos embalados.
“A informação nutricional é um direito básico de informação, prevista na legislação de consumo. O consumidor tem que ser adequadamente informado antes da decisão de comprar qualquer produto”, pontua Eros Belin de Moura Cordeiro, professor de Direito do Consumidor no UniCuritiba.
O objetivo da Anvisa é facilitar a compreensão das informações nutricionais presentes nos rótulos dos alimentos e assim auxiliar o consumidor a realizar escolhas alimentares mais conscientes.
“Essa ação tem como objetivo minorar os riscos de doenças ligadas ao sobrepeso e à obesidade. A normativa padroniza o documento de informações nutricionais, que é um direito do consumidor. Quando o consumidor adquire o produto, tem direito a ter ciência do valor nutricional dos seus alimentos e de como eles impactam na sua saúde. Essa resolução apenas melhora as normas que já existem no sistema brasileiro”, destaca Cordeiro.
Fonte: assessoria de imprensa