Macio, leve e instagramável, o macaron, doce que surgiu no mundo pela primeira vez na região da Itália e se aperfeiçoou na França, tem ganhado cada vez mais espaço no mercado e nas vitrines brasileiras. Apesar disso, poucas pessoas conhecem a história e as singularidades que tornam essa iguaria tão especial. Pensando em tornar a jornada do doce cada vez mais conhecida, a especialista Valquiria de Marco, diretora de produção e criação da Le Petit Macarons, primeira boutique brasileira especializada no doce francês, apresenta três curiosidades sobre os macarons:
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1. Origem e aperfeiçoamento
Cruzando a fronteira pela primeira vez em 1533, o macaron chegou à França por meio de chefs italianos que o produziram para o casamento do rei Henrique II, porém, na época, o doce consistia apenas em uma única camada de bolachinha, sem recheio. Foi somente no século XIX, que as mais famosas docerias de Paris passaram a confeccionar o macaron da forma que o conhecemos hoje, com duas camadas unidas por recheios feitos a base de ganache e colorido!
“A cor original do macaron é a cor da farinha de amêndoas, o colorido do macaron veio com o tempo, conforme os chefs e confeiteiros franceses foram aperfeiçoando a receita. No início do século XX, as docerias começaram a utilizar corantes naturais e artificiais para dar cor aos macarons”, explica Valquíria.
2. Um doce laborioso e temperamental
Embora exista há mais de quinhentos anos e tenha uma receita de fácil acesso, o macaron é um doce muito difícil de ser feito. A diretora de produção e criação da Le Petit Macarons, que para começar a comercializar macarons precisou dedicar um ano e meio aos testes até se satisfazer com o resultado, esclarece: “É um doce temperamental, qualquer alteração na temperatura do ambiente, umidade do ar e até mesmo o humor de quem o está fazendo, modifica completamente o macaron. É muito difícil encontrar o ponto certo para que ele saia perfeito”.
3. Artesanal feito em fábrica
Apesar das muitas dificuldades na preparação do macaron, as grandes confeitarias conseguem produzi-lo de forma artesanal e, ao mesmo tempo, em fábrica. Este fato possibilita fazer o doce em grande escala. A Le Petit Macarons, por exemplo, confecciona mais de 10 mil unidades por dia. Segundo Valquíria, parte do processo, como a produção das coroas, parte crocante do doce, é feita de forma automatizada, enquanto a outra parte, a de personalização do macaron, é realizada manualmente.
“O macaron é um doce nobre e delicado. Um detalhe muito importante na produção que faz toda a diferença no resultado , é o cuidado com a qualidade. Para lidar com o macaron, é necessário perfeccionismo e equilíbrio entre sabor, leveza e doçura”, finaliza Valquiria.
Fonte: assessoria de imprensa