O mês de Outubro é marcado em todo o mundo pelo Outubro Rosa, que visa conscientizar sobre a saúde da mulher com enfoque principal no câncer de mama, o tumor com maior taxa de mortalidade entre o sexo feminino no Brasil. Para se ter uma ideia, o Instituto Nacional do Câncer estima que mais de sejam diagnosticadas mais de 73 mil mulheres com a doença. Em todo o mundo, no ano de 2020, foram mais de 2,3 milhões de casos novos. Mas para além dos cuidados necessários em relação à realização de exames e de tratamentos para combate à doença, também é muito importante que as mulheres se conscientizem sobre a importância da adoção de hábitos saudáveis para prevenção da doença.
Fatores de risco
A oncologista do Hospital Edmundo Vasconcelos e da Oncoclínicas São Paulo, Marcela Bonalumi, explica que são dois os fatores de risco principais: ser do sexo feminino e o envelhecimento. “Muitas vezes as mulheres chegam ao consultório procurando na vida algum hábito que possa ter facilitado o surgimento do câncer de mama. Nós sabemos que, apenas entre 5 e 10%, está relacionado a causas genéticas hereditárias, ou seja, herdado de pai, mãe e familiar. O primeiro principal fator de risco é ser mulher e o segundo principal fator de risco é envelhecer, ou seja, o cancer de mama esta muito relacionado a fatores que não podemos mudar. Quanto a idade, a incidencia do cancer de mama aumenta consideravelmente após acima dos 40 anos”, detalha.
Segundo a médica, um fator muito importante são as medidas de prevenção. “Existem dados de estudos sérios que mostram impacto realmente impressionantes na reduçao de risco de incidencia e recorrencia do cancer de mama para pacientes que fazem atividade física, alimentação regrada e possuem controle de peso. A adoção de um estilo de vida mais saudável é muito importante para reduzir as chances da doença”, afirma ela.
Exames de rastreamento
Para evitar que a doença seja identificada de maneira tardia de modo a dificultar o tratamento é importante que os exames de rastreamento sejam feitos ao menos uma vez por ano, a partir dos 40 anos, mesmo que não haja qualquer sintoma. “No rastreamento do cancer de mama a mamografia é o exame de escolha. Afinal, ela consegue identificar o câncer muito inicialmente, fazendo com que as chances de cura sejam muito altas. O objetivo do rastreamento é identificar a doença antes que ela cause sintomas. Vale lembrar que ela não é substituível por autoexame, ultrassom, ou ressonância magnética”, destaca.
Segundo a especialista, a mamografia anual é o principal meio para proteger as mulheres de lesões mais avançadas. “O objetivo é fazer com que esse diagnóstico ocorra de maneira muito antecipada e traga chances de cura expressivas”, reitera.
A oncologista explica, porém, que é sempre importante ficar atenta aos sinais do câncer de mama. “Estão entre eles a descarga papilar, ou seja, a saída de líquido transparente ou sangue pela mama e mudança da alteração do padrão do mamilo (quando o mamilo vai para dentro). Além do aparecimento de um visual diferente na pele da mama, com aspecto de casca de laranja e o aparecimento de um nódulo na mama”, ressalta. Ela lembra ainda que, embora o autoexame não substitua a mamografia, é importante para que a mulher conheça o próprio corpo.
Marcela ainda reforça a necessidade de fazer o autoexame com frequencia para que seja possível conseguir ver alguma alteração ativa. “Ao identificar qualquer alteração da mama, procure ajuda médica. Muitas pacientes acabam vindo com doenças avançadas porque tem medo. É importante ressaltar que o câncer de mama tem índices de cura altíssimos, sobretudo quando diagnosticado precocemente”, finaliza.
Fonte: assessoria de imprensa