G20: Janja, primeira-dama do Brasil, destaca a importância da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza
O G20 Talks abriu ontem (14.11) a programação do Cria G20, iniciativa que conecta criadores digitais para produzir conteúdo voltado às prioridades do Brasil durante a Cúpula Social do G20, no Rio de Janeiro. Assim, entre as participantes, estava  Janja da Silva, primeira-dama do Brasil. Janja ressaltou a posição do governo na questão da pobreza e da fome, e citou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. A  Aliança é um compromisso do governo com a cooperação entre países, com políticas públicas, e instituições financeiras. A iniciativa já conta com a adesão de 33 países, até o momento.

Programas de combate à fome

Janja falou sobre a importância dos Programas Bolsa Família e o de aquisição de alimentos da agricultura familiar, cruciais para o combate à fome e desenvolvimento local. Além destes,  citou também o programa de compras de alimentos para a alimentação escolar, que permite que todas as crianças nas escolas públicas recebam alimentação. Este modelo de programa já foi compartilhado com muitos países da África do Sul.
“Sabemos da dificuldade financeira de muitas famílias que têm a escola como uma maneira destas crianças se alimentarem.  Este é um programa que também conecta com o desenvolvimento local da agricultura familiar, a saúde e o cuidado com a criança. A mãe pode, por exemplo, entrar para o mercado de trabalho com a tranquilidade do acolhimento do seu filho. Além disso, disponibilizar um tempo para elas se cuidarem também”.

Muitas vezes as pessoas que têm condição de comer três vezes ao dia e podem abrir a geladeira repleta de comida não imaginam o que é passar fome.
Janja da Silva

Amazônia

Tereza Campello, economista e ativista, abordou o programa em desenvolvimento pelo BNDES, com recursos do Fundo Amazônia. A iniciativa revelou que, apesar da abundância de frutas e recursos naturais na Amazônia, as crianças da região consomem, em grande parte, alimentos industrializados provenientes de outras partes do país.
Nesse contexto, o Governo está trabalhando para apoiar cooperativas e produtores locais extrativistas na comercialização de seus produtos para as escolas, além de facilitar o processo de aquisição por parte das instituições de ensino. Mas nem sempre é fácil, já que muitas vezes a escola não tem uma cozinha para produzir o alimento mais fresco e mais saudável, optando por um produto industrializado, menciona.

Cozinhas sustentáveis

Janja mencionou ainda o projeto  “Cozinhas Sustentáveis”. O projeto prevê o fornecimento de equipamentos de “cozinha limpa” para o preparo de refeições e a instalação de biodigestores. O memorando de entendimento foi assinado entre  o  Governo Federal e Itaipu Binacional, em outubro deste ano.

“É inaceitável que mulheres e meninas corram risco de queimaduras, doenças pulmonares e trabalhos desgastantes na busca de insumos, sejam eles alimentos ou combustíveis. Além disso, são mais vulneráveis à violência sexual. Afinal, muitas têm que percorrer longas distâncias para obter, além de comida e água, materiais como lenha e carvão”.