Perder peso é uma das melhores sensações para quem sofre com obesidade. Porém, mais gratificante do que eliminar os quilos indesejados, é conseguir fazer com que eles nunca mais retornem – ou seja, emagrecer definitivamente. E aí que está o problema, pois muitos até conseguem focar em uma dieta radical que proporciona um resultado momentâneo. Mas, passada essa fase, fica difícil mudar a forma de se pensar para manter o peso ideal de uma vez por todas.
Leia também
Receita saudável de Mousse de Alfarroba com Abacate para fazer em casa
A especialista em obesidade Gladia Bernardi, autora do best-seller “Código Secreto do Emagrecimento” explica que o segredo do emagrecimento definitivo está na mente. “O cérebro precisa entender que comer é uma necessidade fisiológica, e que não devemos “afogar as mágoas” e sentimentos na comida que iremos ingerir. Quando entendemos isso, conseguimos consumir diversos alimentos – tanto saudáveis quanto calóricos”, explica Gladia.
Segundo ela, pessoas obesas precisam se dedicar para adotar uma alimentação balanceada, com a ajuda de exercícios físicos. Mas, quando alcançam o peso que tanto desejam com esforço, precisam encontrar o equilíbrio e entender que o alimento não deve ser o protagonista em todas as ocasiões. “Minha dica é: antes de comer um doce ou algo bem calórico, pergunte a si mesmo: eu preciso mesmo disso agora? Claro que não devemos nos privar 100% de doces, mas é preciso ingerir de forma consciente”, ensina.
Abaixo, Gladia lista cinco sinais de que você perdeu peso, mas não emagreceu:
Você continua escravo da balança
Quem resolve aderir a uma dieta restritiva costuma ficar pesando várias vezes ao dia, para ver se o esforço está valendo a pena. E isso muitas vezes pode ser falho e atrapalhar, pois as balanças podem variar, e existem outras maneiras de verificar se a dieta está fazendo efeito. Mas, quando a pessoa atinge o peso desejado mas não treinou o cérebro para o equilíbrio, essa prática pode continuar.
“No momento em que atingimos o processo de emagrecimento definitivo, ou seja, quando a nossa mente entende que não precisamos comer muito para sobreviver, e que não é necessário ficar neurótico com o peso, essas práticas são deixadas de lado”, salienta a especialista.
Vive focado nas “tentações” à mesa
É comum encontrarmos pessoas que até perdem peso, mas, depois de um tempo recuperam tudo facilmente. “Se você fica toda hora pensando em pizza, chocolate, feijoada, cerveja, mesmo depois de ter seguido uma dieta e alcançado o corpo desejado, esse é um sinal de que o seu cérebro ainda não entendeu as novas necessidades do seu corpo e serve como um alerta, pois, possivelmente, você poderá engordar novamente”, diz Gladia.
“Entenda que o foco principal deve ser aquilo a que devemos dar preferência, alimentos como frutas, legumes e saladas. O restante, ingerimos de vez em quando. Lembre-se: nunca se sinta culpado por comer algo, pois as células irão entender como algo negativo e, dessa forma, você engordará facilmente”, esclarece.
Os hábitos ruins continuam
Tudo o que fazemos com frequência, a longo prazo, torna-se um hábito. Quando a pessoa está obesa, provavelmente estava levando uma vida cheia de hábitos alimentares inadequados, que fizeram com que ela ganhasse peso. No momento em que uma dieta é inserida na rotina dessa mesma pessoa, o nosso corpo demora um tempo para entender essa mudança. Em alguns casos, o cérebro nunca entende que realmente mudou.
“Por isso, elimine todos os hábitos ruins que fazem parte da sua vida. Por exemplo: jantar carboidratos simples todos os dias, tomar refrigerante em todas as refeições e comer chocolate todas as tardes”, lista Gladia.
Perde massa magra, mas não gordura
As dietas altamente restritivas promovem perda de peso rápida, mas isso não quer dizer que todos o dígitos que diminuem na balança sejam de gordura, pelo contrário. “A privação alimentar faz com que a pessoa elimine uma grande quantidade de líquidos, e também de massa magra. Ou seja, embora o peso na balança apareça menor, ela não emagreceu, pois continua com a mesma taxa de gordura corporal, e ainda perdeu massa muscular”, explica.
Ou seja, para emagrecer “de verdade”, o mais indicado é transformar sua mente e seus hábitos, dessa forma eliminando a gordura sem prejudicar a massa magra do corpo. “É possível pesar o mesmo número de quilos, ou até pesar mais, e estar mais magro ao trocar a gordura por músculo, já que esse tecido é mais pesado que a gordura. Mas, para isso, é preciso ter disciplina e reprogramar o cérebro, mudando totalmente a relação com a comida. Uma dieta restritiva e a curto prazo nunca proporcionará esse ganho”, pondera Gladia.
Não cria uma rotina de exercícios físicos
Por mais que o foco principal do emagrecimento definitivo esteja na nossa maneira de pensar e no jeito que encaramos a alimentação, manter uma prática de exercícios frequentes é de extrema importância. isso porque, além de intensificar o processo na hora de perder peso, proporciona saúde, sensação de bem-estar e satisfação.
“Quando praticamos algum exercício, pode ser dança, luta, musculação, corrida, natação, entre outros, liberamos um hormônio que são capazes de regular as emoções, além de ajudar na diminuição de dores. O número de sedentários no país ainda é grande, pois muito insistem em colocar os exercícios em último lugar”, finaliza Gladia Bernardi.
Fonte: assessoria de imprensa