O vinho é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, e, deve ser apreciado por todos, sem medo ou qualquer tipo de receio. Para te ajudar a desfrutar melhor de todos os aromas e sabores da bebida, o sommelier da Enoteca Decanter Blumenau, Sidney Lucas, responde as dúvidas mais comuns a respeito dos vinhos. Confira:
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O queijo é a melhor opção para acompanhar vinhos?
É sim uma ótima opção, porém, é necessário saber que não se coloca qualquer queijo com qualquer vinho. Existem alguns tipos de queijos de sabor muito intenso que acabam anulando o sabor do vinho. Como é o caso do roquefort ou o gorgonzola que ficam ótimos com vinho do Porto, mas podem anular os tintos mais delicados. Portanto, para que isso não venha a acontecer, é necessário escolher os vinhos de acordo com o que vai ser servido. Por exemplo, queijos leves para bebidas leves, e queijos mais gordurosos com um vinho mais encorpado e de preferência com um pouquinho a mais de acidez.
Vinho branco é feito somente com uva branca?
Mito. Os vinhos brancos podem ser produzidos com uvas brancas e tintas, visto que a polpa de ambas é clara. Quando feito com uvas brancas, o mosto – suco das uvas depois de prensadas – tem contato com as cascas por algumas horas enquanto fermenta, já com as uvas tintas, não há contato com as cascas para não colorir o mosto.
Para garantir qualidade, as garrafas devem ser guardadas deitadas?
Por muitos anos, houve a suposição de que, se a garrafa estivesse em pé, a rolha poderia ficar seca, gerando danos de qualidade a bebida. Porém, o sommelier explica que para armazenamento por um curto período, de até um ou dois anos por exemplo, a qualidade do vinho se mantém, independentemente da posição da garrafa.
O vinho verde não é verde?
Verdade. O vinho verde pode ser um espumante, rosé e até mesmo um tinto. A bebida tem esse nome por conta da região em que é produzido na região Demarcada dos Vinhos Verdes (RDVV) no Minho, que fica localizada ao norte de Portugal. O local é conhecido pelas suas belíssimas paisagens.
Como segurar uma taça de vinho?
Nunca segure a taça pelo bojo (a parte que liga a base à parte de cima da taça)! É recomendado segurar pela haste da taça, garantindo que a bebida não fique quente e permaneça em sua temperatura ideal, já que, assim, evitamos o contato das mãos.
Vinhos brancos só combinam com carnes brancas e tintos com carnes vermelhas?
Nada disso. É perfeitamente possível beber um vinho branco comendo carne vermelha ou tinto com vinho branco. A maneira de cocção do prato e também a quantidade e tipos de condimentos utilizados são tão ou mais importantes do que o tipo de carne. Por exemplo, um filé de peixe grelhado com um risoto de alcachofras teria como par ideal um vinho branco leve, já uma moqueca baiana pode ser acompanhada por um branco potente e barricado ou um tinto leve sem passagem por barricas. Neste caso, ambos são peixes, o que define que tipo de vinho harmonizar é o modo de preparo e ingredientes.
Outro exemplo: um medalhão de filé grelhado guarnecido com arroz de amêndoas pode ser acompanhado por um Chardonnay barricado do Novo Mundo, já este mesmo filé cortado em tiras é adicionado ao arroz arbóreo e funghi secchi, dando forma a um risoto, passa a “exigir” um tinto encorpado”, comenta Lucas.
Espumante e champagne são a mesma coisa?
Todo champagne é um espumante, mas, nem todo espumante é um champagne. Confuso, não é? Calma, pra ficar mais simples, siga essa dica: apenas o espumante produzido na região francesa de Champagne pode ser chamado de champagne.
Vinho na geladeria?
Verdade. Após aberto, o vinho deve ser mantido em uma temperatura mais baixa que o ambiente, diminuindo a oxidação e garantindo mais durabilidade ao vinho. Mas, atenção, os vinhos duram em média três dias após abertos. Portanto, beba o quanto antes!
Vinho com gelo?
Pode sim! Mas prefira não gastar muito dinheiro com o vinho, já que o mesmo será um pouco descaracterizado. O sommelier lembra que você deve ingerir a bebida da maneira que preferir, ou seja, beba da maneira que você goste. Portanto, branco, rosé e espumantes podem ser ingeridos com alguns cubos de gelo para refrescar, principalmente, na estação mais quente do ano: o verão. Só lembre que, ao acrescentar gelo ao vinho, você estará diluindo a bebida. Então, avalie bem se esse é o seu objetivo ou se prefere desfrutar bem dos sabores e aromas da bebida.
Vinhos com tampa de rosca são falsificados ou tem qualidade inferior?
Mito. As tampas de rosca são muito utilizadas para diminuir custos, além disso, dificultam a proliferação de bactérias. Portanto, pode beber sem medo, eles não são falsificados e nem de qualidade inferior.
Corante no vinho?
Mito. Algumas pessoas acreditam que o sedimento que fica no fundo da taça é corante. Porém, esse sedimento significa que o vinho é de uma produção totalmente natural, já que alguns vinhos não são filtrados. Os sedimentos também se formam devido à matéria do corante natural do vinho passar para o estado sólido depois de alguns anos na garrafa.
O vinho do Porto não é produzido lá?
Acredite, é verdade! Os vinhos do Porto são produzidos no Douro, ao norte de Portugal. O vinho só ficou famoso dessa forma, pois, antigamente ele ficava armazenado na região do Porto.
Fonte: assessoria de imprensa