Se tem uma região brasileira rica culturalmente, essa região é o Nordeste. Quem no Brasil não gosta de bobó de camarão, moqueca baiana ou escondidinho de carne seca? Ou então de um baião de dois e até mesmo um bom acarajé na hora do almoço? Mas já pensou combinar esses pratos com vinhos?
Normalmente, a lógica seguida por muitas pessoas é a de que quanto mais quente estiver, melhor abrir um vinho branco, rosé ou espumante. No entanto, o Nordeste brasileiro vive num eterno verão, por isso nada de regras. Seja tintos encorpados ou espumantes mais leves, a melhor pedida é abrir uma garrafa de vinho.
E é o que tem acontecido. Neste ano, o número de pedidos aumentou 36% na região quando comparado a 2019. Os tintos lideram as vendas, representando 78% do total. Na sequência vêm os brancos, com 12%, e rosés e espumantes, com 5% cada.
“Os temperos utilizados na culinária nordestina, assim como o uso de alguns ingredientes, podem ditar a regra da harmonização”, diz Jessica Marinzeck, sommelière da Evino. “Nesses casos, precisamos de rótulos tão exuberantes e encorpados para brigar de frente com os sabores. Em geral, brancos passados por barrica, rótulos feitos com as cepas Torrontés, Gewurztraminer e Carménère podem colaborar”, afirma.
Para homenagear o Nordeste e seus habitantes neste Dia do Nordestino, a Evino elaborou cinco sugestões de harmonização entre vinhos e pratos típicos da região. Que tal experimentar uma das combinações neste final de semana?
Escondidinho de carne seca e Malbec
“A carne tem um sabor bastante forte, além de um acentuado teor de sal, por isso tintos podem cair bem” explica Jessica. Para acompanhar o escondidinho de carne, a sommelière recomenda o Belhara Estate Epic Wines Malbec Old Vine Selection 2019 , vinho que passa 10 meses em tanques de aço inox e barricas de carvalho maturando.
Devido a este processo, o Belhara Estate Epic possui aromas específicos de baunilha e especiarias, assim como paladar aveludado e taninos bem marcados.
Acarajé e Riesling
Mistura de sabores e texturas, o acarajé é pode levar uma mistura de sabores e texturas, além de um toque apimentado. Portanto, um vinho branco e refrescante, e que não “brigue” com a pimenta é o ideal.
Para a harmonização, a sommelière recomenda o Rebgarten Riesling 2016, vinho aromático com um pequeno residual de açúcar que combina muito bem com o acarajé (até com molho de pimenta).
Moqueca baiana e Chardonnay
“Quando falamos nessa receita e harmonização com vinho, o que me vem à cabeça é a combinação do azeite de dendê e do leite de coco. Para acompanhar a moqueca baiana, aposte em um branco de peso”, afirma Jessica.
A sommelière recomenda o Sottano Chardonnay, que passa 8 meses em barricas de carvalho. Com aroma de frutas tropicais, o vinho é uma aposta refrescante e ideal para os dias de calor.
Baião de dois e Carménère
“Essa combinação leva em sua receita elementos mais terrosos e notas herbáceas, como o coentro, e pede tintos com estrutura aromática semelhante, como o Carménère”, explica Jessica.
A sugestão da sommelière para esta harmonização é o Concha y Toro Exportacion Selecto Carménère, vinho que traz toques herbáceos tanto no aroma quanto no paladar, combinando com os elementos do Baião de Dois.
Bobó de camarão e vinho Branco
“Neste prato também contamos com o azeite de dendê e o leite de coco, portanto não podemos pensar em vinhos pouco encorpados”, afirma Jessica.
Para acompanhar o seu bobó de camarão, a sommelière recomenda rótulos intensos do sul do Rhône, como o Brunel Côtes du Rhône Branco, que possui aroma de frutas de polpa branca maduras como pêra e pêssego, em boca é encorpado, mas refrescante com notas também de pêssego maduro.
Fonte: assessoria de imprensa