Não existem dados recentes que comprovam, mas os números são preocupantes, já que somente no ano passado foram liberados 475 novos produtos no país. Em meio à retração na economia brasileira, a indústria de agrotóxicos não perdeu fôlego. Desde o início da pandemia em março, 118 novos produtos foram aprovados para uso pelo Governo Federal, sendo 84 destinados para agricultores e 34 para a indústria.
Isso aconteceu porque produção de pesticidas foi considerada atividade essencial graças à Medida Provisória 926 e ao Decreto 10.282, ambos de 20 de março. O governo ainda confirmou que o processo de avaliação e aprovação de novos produtos não devem ser interrompidos tão cedo, cabendo a população redobrar os cuidados na hora de escolher verduras, frutas e vegetais.
Uma lista divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indicou que pimentão, morango, alface, pepino, abacaxi, cenoura, uva, mamão e tomate são os alimentos com maior nível de contaminação por agrotóxicos no Brasil
Higienizar alimentos em água corrente, retirar a casca ou deixá-los de molho uma colher de água sanitária são alguns dos cuidados que devemos ter quando é impossível adquirir frutas, verduras e legumes provenientes da produção orgânica.
Violeta Stoltenborg, responsável pela Comunicação do Sítio A Boa Terra, faz um convite para levarmos em consideração a realidade socioeconômica e ambiental do país e adaptar o consumo. “Comprar de pequenos agricultores orgânicos é uma forma de minimizar o impacto econômico do momento, além de proteger a saúde dos efeitos negativos dos agrotóxicos, e claro, favorecer a saúde do nosso planeta O uso de adubos químicos, fertilizantes e outros componentes podem causar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, neurológicos e de fertilidade. É preciso ter cuidado redobrado, ainda mais no momento atual com epidemias de doenças causadas por vírus e bactérias cada vez mais agressivos”, analisa Violeta.
Importante comentar que gestantes, crianças e idosos são os grupos que devem ter o maior cuidado com a alimentação devido às alterações metabólicas, imunológicas e hormonais que podem ocorrer.
Fonte: assessoria de imprensa