Como uma alimentação balanceada pode melhorar o trabalho home office

A partir de março de 2020, uma nova realidade passou a fazer parte do dia a dia dos brasileiros. O trabalho remoto foi a alternativa encontrada por empresas e trabalhadores para continuarem produzindo diante das restrições impostas pela pandemia de covid-19 e a necessidade de isolamento social para evitar o contágio. Como toda mudança, essa tática precisou de adaptações e promoveu grandes transformações não apenas na estrutura das organizações, mas na própria vida das pessoas. Com a casa e o trabalho no mesmo local, é preciso manter uma rotina capaz de agrupar produtividade e bem-estar. É o que ocorre com a alimentação das pessoas.

home office realmente caiu no gosto de empresas e profissionais – a despeito de todas as dúvidas que existiam sobre o tema antes do novo coronavírus. Um estudo da Global Line, empresa especializada em treinamento e consultoria que atua nas áreas de diferenças culturais, 94% dos profissionais brasileiros estão “confortáveis” ou “muito confortáveis” com o trabalho remoto. Além disso, um levantamento da Salesforce, especialista em ferramentas de CRM, indica que 52% das pessoas trocariam de emprego se houvesse a possibilidade de trabalhar remotamente. As vantagens apontadas passam pela redução do tempo no trânsito e, claro, a possibilidade de fazer as refeições no conforto de casa.

Em relação à alimentação, o trabalho remoto carrega um paradoxo. Ao mesmo tempo que as pessoas têm oportunidade de preparar suas refeições, escolhendo um cardápio mais saudável do que o oferecido em restaurantes e ­fast-foods, a falta de gestão do tempo faz  maioria optar pelo que é mais fácil – e não o que é mais benéfico para o organismo. Dessa forma, opções congeladas, frituras e aperitivos altamente industrializados acabam ganhando espaço na alimentação dos trabalhadores. Quando combinado com a falta de exercícios físicos, porque as pessoas não saem mais de casa, essa situação pode acarretar problemas mais graves, como diabetes e doenças cardíacas.

Para conseguir uma alimentação balanceada, há dois passos que precisam ser seguidos à risca. O primeiro deles, curiosamente, não tem nada a ver com os ingredientes, mas com hábitos. É preciso que as pessoas enxerguem a oportunidade de trabalhar em casa como um incentivo para melhorar suas refeições – o que passa pela necessidade de criar uma rotina diária. Dessa forma, é possível reservar um tempo na agenda para preparar o almoço e o jantar – e não apenas para comê-los! Ao deixar um espaço para essas opções e os lanches da manhã e da tarde, o colaborador finalmente estará apto para seguir uma dieta balanceada.

Até porque ele entra no segundo passo a ser dado: a escolha dos produtos e ingredientes que integrarão a base de seu cardápio. Não adianta ter espaço para lanches intermediários, por exemplo, e consumir itens com inúmeros conservantes. O recomendado, claro, é apostar em produtos naturais, sem conservantes industrializados e que seguem boas práticas de alimentação. Parece óbvio, mas infelizmente são poucos os que seguem isso. Para além do almoço e do jantar, uma boa dica é apostar em produtos lácteos produzidos apenas com ingredientes naturais. Iogurtes e shakes, por exemplo, são ótimas opções para lanches da manhã e da tarde. Há diversas opções de queijos para o café da manhã e até itens sem lactose para quem tem intolerância à substância.

Preocupar-se com a produtividade no trabalho remoto é importante, sem dúvida, mas para isso os profissionais podem contar com o apoio de máquinas e ferramentas digitais em seus processos. Contudo, quando o assunto é saúde, não há software ou sistema que dê conta de cuidar do corpo humano. Apenas a união entre hábitos mais saudáveis, alimentação balanceada e exercícios físicos pode permitir maior qualidade de vida – sem isso, ninguém consegue se dedicar 100% aos desafios corporativos que virão no futuro.

 

*Arlindo Curzi é CEO da Verde Campo, empresa pioneira na oferta de produtos saudáveis e sem lactos