O dia 7 de julho é uma data especial para os apreciadores do chocolate, iguaria que agrada quase 100% da população mundial. Derivado do cacau, com aroma e sabor marcante, o alimento se transforma numa diversidade de produtos que podem conter em seus rótulos: zero açúcar, zero glúten, zero lactose, diet ou light. Paloma Popov, professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), revela os mitos e verdades envolvendo a indústria de chocolates.
A primeira dica da nutricionista é não abominar o chocolate, mas consumir com equilíbrio e moderação. Segundo ela, considerando a variedade de produtos, do branco ao amargo, este último geralmente é associado a mais propriedades funcionais devido ao alto teor de cacau. Para guiar o consumidor, Popov explica que a nova rotulagem nutricional, obrigatória desde 2022, facilita a identificação de ingredientes como açúcar, gordura e sódio nos chocolates.
“Ao escolher um chocolate saudável, é essencial ler a lista de ingredientes e evitar aditivos desnecessários, como corantes, emulsificantes e aromatizantes. A classificação dos chocolates diet e light é de acordo com a redução de certos ingredientes, mas essa redução nem sempre significa uma opção mais saudável.” Segundo a docente do CEUB, os polióis, como sorbitol e xilitol, que servem para adoçar o chocolate, podem estar presentes em rótulos descritos como sem açúcar. Mesmo assim, devemos avaliar seu consumo com cautela, especialmente se não houver necessidade dietética.
Quanto aos alimentos light, Paloma explica que costumam reduzir pelo menos 25% de algum ingrediente, podendo representar um valor menor em gordura ou açúcar, devendo ser informado para o consumidor. “Quando um chocolate é light em gordura, comparado ao produto original da mesma marca, é possível identificar a redução de 25% daquele ingrediente”, considera. A nutricionista sugere priorizar chocolates com listas de ingredientes curtas e reconhecíveis, pois isso indica menor processamento.
O poder do cacau
O cacau (Theobroma cacao) é um fruto originário da América do Sul e da América Central. Assim, popular pela concentração de compostos fenólicos, seu sabor e por ser matéria-prima do chocolate. O cacau e seus derivados, consumidos em dieta balanceada, têm efeito antioxidante, antiaterosclerótico, previnem dislipidemias e podem ter influência contra o envelhecimento dérmico. Portanto, o consumo de chocolate pode trazer benefícios para o sistema cardiovascular, ter influência em dislipidemias e retardar o envelhecimento da pele.
Segundo a professora do curso de Nutrição do CEUB, os chocolates saudáveis são aqueles que oferecem mais propriedades funcionais. Nesse sentido, encontramos geralmente em produtos com um teor de cacau mais elevado. “Quanto maior esse teor, maior tende a ser o número de propriedades funcionais presentes”. Para consumir o chocolate de forma saudável, Paloma destaca as opções orgânicas que utilizam açúcares alternativos, como açúcar de coco ou mascavo.
Fonte: assessoria de imprensa