Louise Wallis, presidente da The Vegan Society, da Inglaterra, mais antiga entidade vegana do mundo, estabeleceu, em 1994, o dia 1 de novembro como o Dia Mundial Vegano. A instituição define o veganismo como uma forma de viver que busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade contra animais, seja para a alimentação, para o vestuário ou para qualquer outra finalidade.

Para a ONU (Organização das Nações Unidas), a alimentação sem carne reduz os impactos das mudanças climáticas, os gastos de energia, água e de desmatamento provocados pela indústria da carne. 

Quais os benefícios da alimentação vegana? Segundo Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom, em se tratando exclusivamente de alimentação, a retirada dos itens de origem animal do cardápio não é prejudicial, mas também só garante benefícios à saúde se feita a troca por alimentos saudáveis. “É preciso que o adepto da nova dieta tenha uma alimentação rica e balanceada com leguminosas, sementes, frutas, vegetais e cereais, priorizando fontes vegetais de proteínas, ferro, zinco e vitaminas. Dessa forma, o indivíduo está menos propenso a desenvolver doenças cardíacas, diabetes, câncer, sobrepeso, obesidade e problemas gastrointestinais”, pontua. Cyntia ressalta que para seguir o caminho certo é preciso consultar um nutricionista, que poderá conduzir a mudança de acordo com as necessidades particulares do organismo. Realizar exames de sangue de rotina também é importante.

Outra dica da especialista consiste em buscar por informações de qualidade sobre o veganismo. “Acesse meios de comunicação que possuem essa filosofia como objeto central. É uma forma de conhecer diversas receitas veganas, ler artigos e notícias sobre o tema, além de poder trocar experiências com indivíduos que já passaram ou estão passando por essa transição”.

 

Abaixo, a consultora da Superbom elencou os principais alimentos que não podem faltar no cardápio de quem não consome nada de origem animal. Confira:

 

Feijão

O feijão é rico em carboidratos complexos e possui também vitaminas, ferro e antioxidantes em abundância. “Meia xícara de feijão possui a mesma quantidade de proteínas que 30 gramas de carne. O alimento ainda auxilia no controle dos níveis de colesterol e triglicerídeos”, afirma a nutricionista.

 

Chia e linhaça

Cyntia destaca que essas duas sementes são boas fontes de fibras e proteína vegetal. “Elas ainda contêm ácidos graxos e ômega-3, que auxiliam no controle da pressão e colesterol, e, consequentemente, atuam na prevenção de doenças cardiovasculares”.

 

Tomate

Além de conter diversos nutrientes benéficos para o nosso organismo, o tomate é uma fonte rica em vitamina C e A. “A presença do ácido ascórbico, disponível no tomate e em frutas cítricas, melhoram a absorção de ferro. Por isso, é recomendável beber um copo de suco de tomate todos os dias e evitar bebidas gaseificadas, já que elas fazem o efeito contrario”, orienta a nutricionista.

 

Vegetais verdes-escuros

São ricos em água e fibras e contribuem para que a proteína presente em outros alimentos seja melhor absorvida. “Ainda suprem a necessidade de ferro, cálcio e zinco, que estão presentes nas opções de origem animal, e são fontes de vitaminas A, C e K”.

 

Cogumelos

Os cogumelos são ricos em proteínas e uma ótima opção para substituir a carne, além de possuir nutrientes que estimulam o desenvolvimento do sistema imunológico. “Com 100 gramas de cogumelos prontos já conseguimos substituir as proteínas existentes em 100 gramas de carne vermelha. Mas vale lembrar que o ideal é que ele seja cozido ou assado com verduras e legumes, e não com molhos calóricos que possuem altos níveis de sódio”, recomenda.

 

Soja

A soja é fonte de proteína magra e possui vários benefícios para a saúde, entre eles a redução do mau colesterol. “Fonte de fibra, esse alimento é rico em ácido fólico, cálcio, magnésio, zinco e vitamina K”, conclui Cyntia, consultora da Superbom.