Conheça os riscos do consumo de gelo contaminado

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, todos os anos, cerca de uma em cada dez pessoas no mundo (aproximadamente 600 milhões de indivíduos) adoece ao consumir alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas — e destes, 420 mil morrem.

Os dados são alarmantes e apontam como as doenças transmitidas por alimentos (DTA) são comuns. No Brasil, a estimativa é de que ocorram por ano 700 surtos de doenças transmitidas por alimentos, de acordo com o Ministério da Saúde.

Entre os alimentos que mais causam quadros de intoxicação alimentar, a água ocupa o topo da lista. A água contaminada é veículo para quase todos os micro-organismos e toxinas responsáveis pelas intoxicações alimentares, pois é utilizada em várias etapas da produção do alimento — do processamento ao preparo. E isso inclui o gelo, que também está presente em diversos preparos e bebidas.

Pedro Castro, fundador e CEO da SnowGo, logtech especializada em delivery de gelo, reitera a importância do cuidado acerca da procedência do produto. “Quando se trabalha com um produto que afeta diretamente a saúde das pessoas, é preciso ter muito cuidado com a sua origem. Não podemos esquecer que o gelo é derivado da água e, caso ocorra contaminação, isso pode acarretar sérios problemas para quem consumir”, explica.

A contaminação do gelo acontece de diferentes formas, e pode ocorrer através da presença de  microrganismos patogênicos presentes em água de má qualidade, equipamentos contaminados ou mesmo no manuseio através de condições suspeitas de higiene, podendo transmitir doenças para quem consumir.

A principal patologia associada à contaminação por coliformes fecais é a gastroenterite, cujos sintomas são vômitos, diarreia, dores abdominais, entre outros.

“Se já é importante que a produção de gelo em casa seja feita com higiene e cuidado, a atenção deve ser redobrada para o gelo que é comercializado em pacotes. É preciso que o produto seja de procedência garantida e tenha boa qualidade”, ressalta Castro.

Além disso, o armazenamento é outro fator a ser considerado, pois este também deve seguir a legislação de padrões de armazenamento de alimentos. Assim, as empresas responsáveis pela produção de gelo devem estar em conformidade com a legislação.

“Nós nos preocupamos muito com a qualidade do gelo que comercializamos, justamente pelo potencial de contaminação que o produto tem caso não seja adequadamente produzido e armazenado. Nós só trabalhamos com fábricas certificadas, que não têm qualquer contato manual com o gelo e que também pesam corretamente o produto. Isto é uma outra questão importante, pois fabricantes clandestinos podem não entregar o peso indicado nas embalagens, lesando o consumidor”, destaca.

“É bem provável que as pessoas nunca tenham se preocupado com isso, mas é crucial fazermos esse alerta. Afinal, apesar de a temperatura do gelo para sua conservação ser negativa, isso não significa que ele não possa estar contaminado”, conclui o CEO da SnowGo.

Fonte: assessoria de imprensa