Navegar pelo mar de informações sobre alimentação pode ser tão confuso quanto seguir um mapa complicado. Entre os mitos alimentares que nos cercam, é fácil se perder no caminho de uma dieta equilibrada e saudável. Mas, felizmente, estamos aqui para clarear o terreno, guiando você por entre as armadilhas com a ajuda da nutricionista Cris Ribas Esperança, do Instituto do Bem-Estar Giulliano Esperança.
1. O Glúten é o Inimigo Número Um do Emagrecimento?
O mito de que o glúten é o vilão absoluto do peso extra pode nos levar a acreditar que cortá-lo da dieta é a solução mágica para a perda de peso. No entanto, Cris esclarece que, embora certos alimentos processados ricos em glúten possam contribuir para o ganho de peso, o glúten em si não é o único culpado. Para algumas pessoas com doença celíaca ou intolerância ao glúten, evitar esse componente é crucial, mas para a maioria das pessoas, moderação é a chave.
“Segundo Cris Ribas, a redução do consumo de glúten tem sido uma preocupação crescente para muitas pessoas, especialmente devido às mudanças na composição dessa proteína ao longo do tempo. O glúten presente nos alimentos de hoje não é mais o mesmo que era consumido por nossos antepassados. Com a modificação genética das plantas, a quantidade de glúten na proteína aumentou significativamente. Essa alteração tem sido associada a uma maior dificuldade de digestão, o que levanta questões sobre os impactos na saúde gastrointestinal das pessoas.”
2. Carboidratos: Cortar ou Não Cortar?
O mito de que cortar carboidratos é a chave para um corpo mais esbelto persiste, mas Cris nos lembra de que nem todos os carboidratos são iguais. Embora os carboidratos refinados e ultraprocessados possam ser prejudiciais, os carboidratos complexos, como grãos integrais e raízes, são importantes fontes de energia e nutrientes essenciais.
3. A Armadilha das Dietas Restritivas
Dietas extremamente restritivas podem parecer uma solução rápida para o emagrecimento, mas Cris adverte que elas muitas vezes levam a resultados temporários e frustrantes. Em vez disso, ela recomenda uma abordagem equilibrada e sustentável, que promova uma relação saudável com a comida a longo prazo.
4. Tapioca: Uma Alternativa Realmente Saudável?
A tapioca tornou-se uma escolha popular para aqueles que buscam uma alternativa ao pão, mas Cris nos lembra de que, embora seja livre de glúten, ela ainda é rica em amido e pobre em fibras e proteínas. Escolher recheios nutritivos pode ajudar a tornar a tapioca uma opção mais equilibrada.
5. O Poder Mágico da Água com Limão
Embora a água com limão possa ter benefícios para a digestão, Cris ressalta que ela não é uma solução milagrosa para o emagrecimento. Substituir bebidas calóricas pela mistura pode ajudar a reduzir a ingestão de calorias, mas é apenas uma parte do quebra-cabeça da perda de peso.
6. Óleo de Coco: Amigo ou Inimigo?
O óleo de coco ganhou popularidade como um superalimento, mas Cris nos lembra de que, embora tenha alguns benefícios, é importante consumi-lo com moderação. Como qualquer gordura, o óleo de coco é calórico e o excesso pode contribuir para o ganho de peso.
7. Peito de Peru: Uma Escolha Realmente Saudável?
Substituir embutidos por peito de peru pode parecer uma opção mais saudável, mas Cris nos alerta sobre os aditivos químicos presentes em muitos produtos de peito de peru. Optar por opções artesanais com menos aditivos é uma escolha mais nutritiva.
8. Ovo: Culpa ou Inocência?
O mito de que o ovo aumenta o colesterol persiste, mas Cris nos lembra de que ele é uma excelente fonte de proteína e nutrientes essenciais. Desde que consumido com moderação, o ovo pode fazer parte de uma dieta saudável.
9. Comer de Três em Três Horas: Uma Regra Rígida?
A ideia de que precisamos comer a cada três horas é um mito que Cris desafia, destacando a importância de ouvir as necessidades individuais do corpo e adaptar a alimentação de acordo com a rotina e as preferências pessoais.
10. Proteínas Vegetais: Tão Boas Quanto as Animais?
Finalmente, o mito de que proteínas de origem animal são indispensáveis é desafiado por Cris, que destaca as muitas fontes de proteína vegetal que podem ser tão nutritivas quanto as animais. No entanto, é importante garantir uma variedade de fontes para obter todos os nutrientes necessários.
Seguir uma dieta equilibrada não se trata apenas de evitar alimentos “ruins”, mas também de entender os mitos que podem nos desviar do caminho da saúde e do bem-estar, a comida de verdade sempre vai ser sua melhor escolha. Com a orientação certa, podemos separar os fatos da ficção e alcançar nossos objetivos de saúde de maneira sustentável e gratificante.
Fonte: assessoria de imprensa