Redução dos fogachos
O levantamento feito com participantes que relatavam ter de duas a três ondas de calor moderadas a graves diariamente, apontou a redução em 96% dos fogachos diurnos. Além de 94% dos noturnos, também houve a diminuição de 96% das ondas de calor moderadas a graves. “Além da redução dos fogachos pela presença dos fitoestrogênios presentes na dieta vegana, o fato desta alimentação ser rica em fibras também favorece um melhor funcionamento do intestino da mulher – que no geral está prejudicado na menopausa.
Fibras vegetais
Sabemos que o consumo de fibras vegetais está associado a uma maior produção dos chamados ácidos graxos de cadeia curta – a saber- propionato, acetato e butirato, que são responsáveis pelo reparo das células intestinais. Assim, fortalecendo a nossa imunidade e também para redução do risco de resistência insulínica – super comum e grande responsável pelo ganho de peso da mulher após a menopausa.
Para identificar os resultados da dieta vegana, um grupo de mulheres seguiu o planejamento alimentar com baixo teor de gordura e com a ingestão de meia xícara de soja cozida por dia, já outro grupo seguiu sua dieta habitual ao longo de 12 semanas. Para a avaliação do microbioma intestinal, foi separado um subgrupo com 11 participantes que tiveram suas amostras de fezes coletadas.
Resultados
Conclui-se que as mulheres que seguiram a dieta vegana tiveram alterações na quantidade de diversas famílias, espécies e gêneros de bactérias em seu intestino. Assim, entre outros benefícios, o principal fator foi a descoberta da ligação entre as bactérias e as ondas de calor ao estabilizar os níveis de estrogênio. Também foi relatado o aumento da saciedade, fazendo que com as participantes perdessem mais de 6kg ao longo do estudo, e reduzindo a inflamação do organismo.
Em contraponto a dieta vegana sabe-se também que uma dieta rica em alimentos ultraprocessados (salame, salsicha, presunto) , industrializados (biscoitos recheados, pães de forma, sorvetes) ricos em açúcar refinado bem como frituras devem ser evitados pois pioram o processo inflamatório sistêmico do corpo. Assim, levando a risco aumentado de desenvolvimento de diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares.
A diminuição de bactérias no organismo das participantes que adotaram a dieta, como Porphyromonas, Prevotella corporis e Clostridium asparagiforme, proporcionaram além da redução dos episódios de fogachos a melhora na qualidade de vida dessas mulheres.
Escolhas alimentares
As escolhas alimentares ao longo da vida da mulher vão influenciar sua saúde. Ou seja, para ter uma menopausa saudável é necessário que a mulher opte por um estilo de vida mais saudável. Nesse sentido, a alimentação apresenta um papel crucial. Dr André sugere: “as mulheres devem incorporar na sua alimentação cotidiana alimentos como linhaça, ervilhas, grãos inteiros, vegetais – pelo seu efeito anti-oxidante, castanhas – pelo aporte de selênio necessário para um adequado funcionamento da tireoide. O consumo de beterraba e melancia também está associado com redução dos fogachos. Afinal, aumentam a produção do óxido nítrico (sua ausência faz os vasos terem espasmos e gerarem cefaleia e risco cardiovascular)
Sintomas da menopausa
Segundo o ginecologista, mais de 76 sintomas, entre os mais comuns incluem:
ondas de calor (os chamados fogachos),
alterações no humor (tendência a tristeza e ansiedade),
insônia,
diminuição da libido (Desejo sexual),
secura vaginal, e irregularidades menstruais antes da cessação completa, ganho de peso.
A importância do tratamento hormonal para o alívio dos sintomas
“A reposição hormonal repõe os hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e testosterona) que diminuem durante a menopausa pela ausência de produção deles pelos ovários. Nesse sentido, aliviando os sintomas e prevenindo complicações associadas à deficiência hormonal”, explica o médico.
De acordo com o profissional, a reposição hormonal pode aliviar sintomas como ondas de calor. Além de melhorar a saúde óssea, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e promover o bem-estar emocional. Assim, impactando positivamente a qualidade de vida durante a menopausa.
Fonte: assessoria de imprensa