Na hora da compra do vinho, muitas dúvidas ainda são comuns como o armazenamento correto do produto e tipo de vinho.
Assim, André Dian, especialista em vinhos e sócio-proprietário da Grand Cru Campinas, com unidades no Cambuí e no Parque D. Pedro Shopping, dá algumas dicas para não errar na hora da escolha. Confira as recomendações do expert da Grand Cru Campinas:
1. Para qual ocasião é o vinho?
Haverá um jantar especial, é presente ou simplesmente para desfrutar a bebida? O especialista sugere fazer uma relação do que está disposto a gastar x qualidade. Se não souber o cardápio da refeição ou o gosto da pessoa a ser presenteada, a dica é apostar em rótulos coringas. Os chilenos e argentinos costumam ter uma boa relação custo x benefício. Se quiser variar, geralmente, os espanhóis e portugueses também são mais acessíveis.
2. Conhece a loja de onde está comprando?
Ao comprar vinhos de empresas qualificadas, fica evidente que o estabelecimento importou os produtos corretamente – por vias legais -, e pagou todos os impostos, garantindo ao cliente a qualidade do produto consumido.
3. Há informações no contra-rótulo?
Se o exemplar for de outro país, deve ter impresso informações na linguagem local, dados do importador e número do mapa de importação. Segundo Dian, se não tiver o número do mapa, o produto não foi importado e pode ter origem duvidosa.
4. Qual a relação do preço com a qualidade do produto?
De maneira geral, os produtores têm os vinhos de entrada, que são mais baratos, e os exemplares ícones mais caros por conta da elaboração – parcela menor de uva, melhor parte do vinhedo e maior tempo de estágio em barricas dentro da adega. No entanto, é difícil comparar os produtos apenas pelo valor, sem levar o estilo em consideração. Por exemplo: um Rosso di Montalcino, feito na Itália, às vezes é mais caro do que um vinho feito no Douro, em Portugal, mas não será necessariamente melhor do que ele. O que pode ocorrer é que, para aquela região específica, o produto é o melhor que o produtor pode elaborar, ou seja, é muito valorizado.
É valido ressaltar que, produtos com os preços muito abaixo do valor de mercado podem estar relacionados à prática de descaminho ou contrabandistas, que atravessam as fronteiras e vendem os vinhos de maneira ilícita, sem pagar impostos.
5. O que deve ser observado em relação à rolha?
A rolha é um item de grande importância, pois através dela ocorre a micro-oxigenação do vinho, processo que permite a “respiração” do líquido e possibilita uma sensível melhora ao passar dos anos. Porém, isso só é possível para rótulos com potencial de guarda e de evolução.
Ao comprar um exemplar é bom notar se ele não está vazando pela rolha, pelas laterais da mesma ou formando veias que indicam uma bebida estragada.
Ao contrário do que muitos pensam, rótulos com tampas metálicas não são, necessariamente, inferiores aos vinhos com rolhas de cortiça. De qualquer forma, a maioria dos produtores de vinho utiliza a rolha de cortiça para seus melhores vinhos. Caso contrário, não seria possível esses vinhos “melhorarem” com o tempo.
Países como Austrália e Nova Zelândia já utilizam tampa de rosca em todos os produtos e a qualidade dos mesmos é muito boa. Vale destacar que, para vinhos brancos jovens e rosés, as tampas de roscas são excelentes.
6. O cliente deve dar preferência para as garrafas que estiverem deitadas?
Sempre que puderem, sim. Isso indica que o líquido se manteve em contato com a rolha, deixando-a molhada e evitando o ressecamento da mesma. “No caso dos tintos, por exemplo, quando você abre uma garrafa e vê a cor negra na rolha significa que o produto foi muito bem armazenado”, explica o especialista.
7. Quais defeitos podem ser encontrados antes da compra/consumo?
Cápsulas largas, saindo da garrafa com facilidade, rolhas com veias de vinho, trincas no vidro e falta expressiva de líquido no gargalo geralmente indicam alterações na qualidade da bebida.
Fonte: assessoria de imprensa
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