No próximo sábado, dia 16 de outubro, se comemora o Dia Mundial do Pão, o alimento na maioria das vezes visto como trabalhoso no preparo e o vilão das dietas, mas que pode sim ser produzido nas cozinhas mais simples e consumido de forma saudável, com variados grãos e farinha integral. Apreciadores dessa iguaria que é tradicional no mundo inteiro já podem aquecer o forno com as dicas de Fábio Fernandes, instrutor do curso de Preparo de Pães Tradicionais do Senac RJ e sócio da Panificação Trigo Santo, em Campo Grande.
“Fazer pão em casa é desestressante e prazeroso. Não precisa de nada tecnológico. É só ter um pouco de tempo. Todo o processo leva cerca de 4 horas, já que depende de tempo de fermentação de acordo com o local, mas a produção mesmo da massa dura cerca de 40 minutos.” – explica Fábio, que produz e fornece pães para estabelecimentos comerciais como hamburguerias e lanchonetes.
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Um dos diferenciais do pão caseiro, principalmente para quem segue dietas mais restritivas, é a redução de gordura e de ingestão de conservantes encontrados em produtos industrializados, mesmo integrais. O pão integral é rico em fibras, mas também tem gordura, que no caso do industrializado é hidrogenada, mesmo em pequena quantidade.
“Em casa, pode-se reduzir a gordura e aumentar a quantidade de fibras aos poucos. Adequando os ingredientes ao objetivo. Para isentar a gordura, o pão fica menos fofo, mais denso, mas é possível ir se acostumando. O pão é muito democrático se entender o princípio básico dele, que é não fazer determinadas misturas como sal com fermento. Pode-se modificá-lo de acordo com a necessidade. E, é possível fazer com forno tradicional caseiro que todo mundo tem, inclusive barateando o custo.” – ensina.
Segundo Fábio, durante o preparo, o pão não pode ter duas coisas: corrente de ar e água morna. O forno, só precisa aquecer. Com a popularização de fazer pão em casa ficou mais fácil encontrar os ingredientes de acordo com a dieta alimentar individual. É possível achar farinha integral em lojas a granel e grãos como gergelim, linhaça, girassol que também agradam crianças. O fermento pode ser o fresco ou, o seco, que oferece a facilidade do armazenamento. A gordura pode ser de porco, óleo de soja, milho, dependendo da proposta.
“Não existe pé de pão. Ninguém planta pão. Ou você produz ou compra pronto. E pão precisa ser democrático, ser barato para que todas as pessoas tenham acesso.” – acrescenta.
E, para quem gosta do velho e bom francês, há algum tempo já se encontram em algumas padarias opções desse formato com fibras e integrais. Não precisa mais ser no modelo forma. Na produção caseira a imaginação pode correr ainda mais solta. Para encher os olhos de adultos e crianças pode-se colocar cobertura de gergelim branco, preto, linhaça dourada que tornam o alimento meio lúdico e atrativo.
“O mais interessante de fazer o pão em casa é a criação. O pão francês mais rústico só ganha um tom mais escuro. Muitos me perguntam como consigo colar os grãos na massa. É simples: coloco um mix de grãos em um prato, umedeço um pouco a massa e vou acrescentando com pequenos amassos. Depois disso é só reservar, esperar crescer, dobrar de volume e levar ao forno.” – conclui Fábio.
Fonte: assessoria de imprensa