Atualmente estamos cada vez mais atentos à alimentação. Porém, ainda existe muita desinformação e dúvida sobre a origem dos alimentos e sua qualidade nutricional. Por exemplo, muito se fala sobre os alimentos processados e seus malefícios à saúde. Mas, afinal, o que são esses alimentos? Todo alimento processado é realmente ruim? Qual a diferença entre alimentos processados e ultraprocessados? Para ajudar a esclarecer essas dúvidas, a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e professora da Associação Brasileira de Nutrologia, explicou os principais tipos de processamento de alimentos e como cada um deles afeta nossa saúde. Confira:
Alimentos in natura e minimamente processados: De acordo com a Dra. Marcella, os alimentos in natura são aqueles obtidos de plantas ou animais que chegam ao consumidor sem terem passado por nenhum tipo de processamento. “Já os alimentos minimamente processados são os alimentos in natura que sofreram alterações mínimas na indústria através de processos como secagem, pasteurização e fermentação para torná-los mais acessíveis e seguros. No entanto, a eles ainda não foram adicionados sal, açúcar ou outra substância”, explica. Dessa forma, nessa categoria se enquadram alimentos como frutas, legumes, verduras, hortaliças, grãos, nozes, leite e ovos. “Geralmente, são alimentos que não contam com lista de ingredientes como aqueles encontrados no mercado. Eles são os próprios ingredientes”, afirma.
Alimentos processados: “Alimentos processados são produtos derivados diretamente de alimentos in natura, mas que passaram por um processo de adição de sal, açúcar, óleo ou vinagre para torná-los mais duráveis e agradáveis ao paladar. Por ser um processo que altera a qualidade nutricional dos alimentos, o consumo exagerado de produtos processados pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade. São exemplos de alimentos processados produtos como legumes em salmoura, extrato de tomate, carne seca, frutas em calda, queijo e pães.”
Alimentos ultraprocessados: Alimentos ultraprocessados, segundo a médica, são formulações industriais fabricadas a partir de substâncias extraídas ou derivadas de outros alimentos (sal, açúcar, óleos, proteínas e gorduras) e sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos). “No geral, os alimentos ultraprocessados possuem sabor mais agradável e um grande prazo de validade, mas são pobres nutricionalmente e ricos em calorias, gorduras e aditivos químicos, favorecendo então a ocorrência de deficiências nutricionais, doenças do coração, diabetes, colesterol e obesidade”, alerta a especialista. Por isso, o ideal é evitar alimentos como bolachas, guloseimas, sorvetes, bolos e produtos congelados e prontos para o consumo.
Então, para aqueles que pretendem adotar uma alimentação balanceada, basta seguir a dica da Dra. Marcella Garcez: “A regra de ouro para uma alimentação adequada e saudável é optar sempre pelos alimentos in natura ou minimamente processados, assim como as preparações culinárias, evitar os alimentos processados e restringir ao máximo o consumo dos alimentos ultraprocessados”, recomenda a nutróloga.
Fonte: assessoria de imprensa