O setor da gastronomia permite diversos tipos de empreendimentos, desde atender clientes em casa para jantares intimistas, servir em grandes eventos, ter seu restaurante ou até mesmo trabalhar apenas por encomenda. Somado à paixão pela cozinha, esse certamente é um mercado muito promissor para quem está disposto a estudar e se atualizar de maneira constante.
Segundo a coordenadora do curso de Gastronomia do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), Gabriela Tonolli, com o crescimento de instituições de ensino pelo Brasil e a busca por diferentes gastronomias, muito influenciada pela mídia, o número de profissionais vem crescendo e acrescentando muito para o setor.
“No Brasil, imigrantes europeus, orientais, africanos e nativos indígenas trocaram e somaram técnicas gastronômicas e receitas, dando origem a uma culinária que podemos considerar como uma das mais diversificadas do mundo. E esse cenário único, ligado a festivais gastronômicos, experiências com comida, food trucks, tecnologia e delivery, são alguns dos temas que têm ganhado destaque e atraído pessoas tanto para provarem novos sabores quanto para empreenderem na área”, explica Gabriela.
De acordo com Gabriela, com a chegada da pandemia, o setor acabou passando por novas adaptações e abriu oportunidades para muitas pessoas que ficaram desempregadas e encontraram na gastronomia uma forma de sobreviver. “Foram vistos diversos pequenos empreendimentos de gastronomia surgirem com vendas de doces, salgados e comidas para refeições, sendo sempre muito buscados por pessoas que estavam em isolamento social”.
“Os restaurantes também tiveram que passar por mudanças e migrar a forma de atender o cliente. Antes da pandemia, as pessoas se dirigiam até o espaço e com as restrições muitos tiveram que adaptar entregas e criar novas experiências para os frequentadores das casas”, ressalta a especialista em gastronomia.
Segundo a professora, para empreender na área da gastronomia, a primeira dica é focar em um objetivo e tipo de negócio. “Não adianta abrir um restaurante, pub ou bistrô, sem dominar as técnicas e receitas que estão sendo servidas na empresa. Além disso, é de extrema importância conhecer os custos dos produtos que são oferecidos para conseguir estipular preço e saber onde podem ser minimizados desperdícios, e criando assim, um negócio rentável”.
Segundo dados do Sebrae Nacional, ao mesmo tempo em que muitos negócios gastronômicos estão surgindo, 27% deles fecham suas portas em menos de 1 ano. “Entre os motivos, estão impostos e aluguéis muito altos e dificuldades de gestão. A média de vida para os que sobrevivem ao primeiro ano é de apenas 3 anos. Esses dados só reforçam que esse é um segmento que exige habilidades gerenciais, conhecimento técnico e fôlego financeiro, principalmente em épocas de crise”, aponta Gabriela.
Por fim, a coordenadora do curso de gastronomia da FSG ressalta que em um mercado cada vez mais explorado pelo consumidor, o segredo do sucesso dependerá muito da busca pelo conhecimento. Além disso, manter o foco e fazer bons planejamentos, já que o setor é um mercado que requer muitas horas de trabalho, estudo, criatividade e disposição para novos desafios.
Fonte: assessoria de imprensa